quarta-feira, 22 de abril de 2009

Vou ver o Messi

Xau.

sábado, 18 de abril de 2009

Nas nuvens

Gosto do last.fm. Uma das coisas que aprecio mais é a possibilidade de registar todas as músicas que ouço neste computador e organizá-las em listas que satisfazem os meus impulsos obsessivo-compulsivos. Também gosto das internets. E de conhecer conceitos como o tag cloud e sites como o wordle. Mas o que eu gosto mesmo é que todos saibam exactamente o que eu gosto. Um bocadinho de magia geek, tempo livre e voilá: uma nuvem das minhas bandas favoritas, onde o tamanho de cada uma é proporcional ao número de vezes que a ouvi nos últimos 4 meses.


Ficou giro!

(Antes disto tinha experimentado fazer uma nuvem de palavras com a minha tese de licenciatura, mas de certo modo acho que "energia", "temperatura" e "lennard-jones" em tamanho xxl não dá um poster tão glamoroso)

quinta-feira, 16 de abril de 2009

...

Foi bom enquanto durou... No futuro acho que vou ter problemas cardíacos se este tipo de coisas continua a acontecer.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Os meus 15 segundos de fama...

Esta história aconteceu no primeiro de Abril mas é verdadeira. A sério, tenho testemunhas. E uma delas é Portugal.

A TVI tem um programa de televisão às 2 da manhã cuja audiência alvo são desempregados, tarados sexuais, donas de casa, potenciais suicidas e jovens com níveis de alcoolemia que variam do ligeiro ao preferencialmente sentado para evitar partir coisas. Ou todas as opções, grupo no qual me insiro com orgulho.

Este programa é o "s€mpre a somar" e, para quem não conhece, consiste num jogo simples com uma quantidade tal de soluções que a probabilidade de acertar não é muito diferente de ganhar o totobola. Para participar basta tentar ser uma de cada 25 chamadas, gastando 60 cêntimos + iva por cada tentativa. És incentivado a participar porque não só a apresentadora tem um par de olhos voluptuosos, como as outras sugestões são tão estúpidas que não há como não pensar que não farias melhor.

Pois bem, eu e os meus homies sentíamo-nos aventureiros e à terceira chamada fomos escolhidos e passamos à fase seguinte. Sei que passamos à fase seguinte porque uma gravação fez questão de mo repetir penosamente por não menos de 20 minutos. "Passou à fase seguinte, aguarde e poderá ser seleccionado para jogar" está agora permanentemente gravado no meu ouvido interno.

O jogo consistia em resolver uma palavra na vertical cruzada com outras quatro na horizontal. As palavras eram:


Ora aqui as possibilidades são muitas. Acabamos por concordar em "gira", que era uma tentativa tão boa como qualquer outra, embora ache, sinceramente, que muito menos interessante que a minha sugestão que formava, na horizontal, as palavras PAMA, SIGA, CALA e BALA. Ok, admito que pama talvez não seja uma palavra a sério, mas não me podem dizer que não seria memorável.

Após uma pausa agonizante, durante a qual começava a ficar genuinamente nervoso, começo a ouvir a voz da apresentadora. Isto estava a acontecer. De repente senti-me poderoso. Eu num palco em horário nobre (nobre para mim) para uma plateia do tamanho de um país. Mas o que podia eu fazer. Já quase tudo foi feito.. E ainda havia a questão dos 2000 euros. Valeria a pena abdicar de uma vida de luxos inimagináveis para mim e para os meus dois sócios e respectivas famílias, por um lampejo de fama efémera? Tentei ignorar as palavras "joão, não faças merda" que ouvia e concentrar-me no momento.

"Boa noite"

"Boa noite". Até aqui tudo bem. Juntar duas palavras numa frase coerente e uma voz mais grave que o costume para disfarçar o ténue tremor nas cordas vocais.

"Com quem estou a falar?"

Guardarei para sempre este momento como o mais orgulhoso da minha vida:

"João Sousa".

Poderia ter respondido João, só Sousa ou até Givanildo, mas não podia perder a oportunidade de me exibir. Isso é algo que eu não deixo passar ao lado. Nunca.

"Olá João Sousa, qual é o seu palpite?"

"Gira". Calmo, confiante, e à espera que ela mordesse o isco.

E mordeu. Uma risadinha, uma dança que eu acho que ela queria fazer passar por sensual e a pergunta imortal:

"Hihi, sou gira?"

Oh, meu Deus! Era como se Deus tivesse escolhido esse momento para tirar à sorte de um chapéu um papel com um nome a quem concederia todos os seus desejos, e nesse papel estivesse escrito João Sousa. Em hebraico, claro.

Se és gira? Eu fervilhava de ideias para respostas a essa pergunta:

* Sim
* Não
* Tem dias.
* Gostava mais da outra.
* Nua.
* Já tive piores.
* Digo-te só que se fosse uma palavra de três letras a minha tentativa era "boa".
* Não, mas a tua mãe é.

As possibilidades eram demasiadas, a tensão crescia, o tempo apertava e eventualmente a minha ganância sobrepôs-se à minha idiotice, por isso fiquei-me por um

"uhu" de reconhecimento.

Sim, uma mulher atraente num programa de televisão perguntou-me se eu achava que ela era gira e a minha resposta foi um grunhido. Esperem, preciso de reproduzir este som em toda a sua glória para perceberem a magnitude deste momento:


Claro que "gira" não era a resposta certa. Afinal, sorte ao amor. Pelo menos quando estiver moribundo no meu leito final poderei identificar com facilidade o melhor momento da minha vida.

Se alguém, em algum lugar, em alguma altura, por alguma razão, tiver um video do programa "sempre a somar" de 1 de Abril de 2009 (madrugada de 2 de Abril de 2009), por favor contactem-me. Ofereço todo o tipo de favores em troca. Excepto os que envergonhariam a minha mãe, claro está.

Bem sei que podia resumir esta história em dois parágrafos mas coisas destas não acontecem todos os dias, por isso obrigado pela atenção. Retribuo o favor com um encontro a quatro, tu e a tua mais que tudo, eu e uma personalidade da televisão. Se fores menina, tu, eu, uma personalidade da televisão e mais alguém para tirar fotografias.

2-2

Enquanto estou aqui deitado no meu leito, ainda um pouco embriagado de uma vitória moral e, sejamos sinceros, uma quantidade saudável de sagres, não posso deixar de pensar que a vida seria muito menos interessante sem futebol. Talvez não seja muito abonatório para a minha vida, mas cada um contenta-se com  aquilo que tem. E eu não me queixo.

A verdade é que por muito efémero que seja, nada consegue injectar tão rapidamente tantas emoções, quer sejam de alegria ou desespero, adrenalina ou raiva, fascínio ou indignação. Julguem-me e eu pergunto-vos a última vez que se puseram de joelhos para festejar alguma coisa tão banal como fazer uma bola atravessar uma linha, por um jogador que nem sequer gostam, e se até não vale a pena afinal.

Até me responderem eu fico aqui a cantar, mariano mariano allez...



PS: Cissokho perdeu a cabeça, Fernando tornou-se um deus e Lisandro mostrou que quem sabe nunca esquece. E ele sabe melhor que ninguém. Xeque.